A Charola Templária de Tomar – Uma Construção Românica entre o Oriente e o Ocidente

Autores

  • Carlos Emanuel Santos Bolseiro FCT

Resumo

A arte românica em Portugal atingiu um dos seus pontos mais altos com a construção da bela igreja românica do Convento de Cristo, denominada Charola de Tomar. Este monumento assume um carácter genuíno, o que a permite diferenciar dos outros edifícios religiosos, pois estes ao contrário da igreja de Tomar, que apresenta uma planta poligonal, figuram-se em plano basilical[1]. A capela palatina de Aix-la-Chapelle de Carlos Magno é a única construção que apresenta o mesmo desenvolvimento planimétrico com a rotunda do Convento de Cristo, ou seja, um espaço central com oito ângulos e uma nave envolvente poligonal de 16 lados.
D. Gualdim Pais – o grande responsável por este monumento – deu na sua época, um interessante contributo para a história da arquitectura em Portugal, cheia de acontecimentos variados, tanto no capítulo militar como religioso. O seu mestrado é considerado um período dourado da presença templária no reino, altura em que se construiu um conjunto de edifícios militares em território de fronteira, que no caso de Tomar constitui numa sede de importante comenda.

 

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Publicado

2008-07-01

Como Citar

Santos, C. E. (2008). A Charola Templária de Tomar – Uma Construção Românica entre o Oriente e o Ocidente. Medievalista, 1(4). Obtido de https://medievalista.iem.fcsh.unl.pt/index.php/medievalista/article/view/392

Edição

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Artigos