O rei que esmorece e a rainha sanhuda: a crise dinástica de 1383-1385 através das emoções nas crónicas de Fernão Lopes

Autores

  • Inês Olaia Centro de História, Departamento de História, Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa 1600-214 Lisboa, Portugal, inesolaia@campus.ul.pt

DOI:

https://doi.org/10.4000/medievalista.2804

Palavras-chave:

Crise de 1383-1385, História das emoções, Fernão Lopes

Resumo

A crise dinástica de 1383-1385 foi alvo de estudo por gerações de historiadores. Este artigo pretende contribuir para o debate através de um campo florescente da historiografia que não parece ter ainda sido utilizado para analisar o relato principal dos acontecimentos, da pena de Fernão Lopes: a História das Emoções. Estudaremos assim a paleta emocional expressa pelo cronista-mor do reino e percecionada pelos leitores das crónicas do Portugal Medieval, no sentido de entender como é que sustenta a subida ao trono do Mestre de Avis. O artigo encontra-se estruturado em torno de três casais régios e das emoções por eles exprimidas e provocadas: Leonor Teles e D. Fernando, como o mau exemplo, pelo desregramento emocional que conduz o reino ao caos e a desadequação dos papéis que desempenham àquilo que deles se espera; Juan I de Castela e Beatriz de Portugal, que pontuam pelo desespero e emoções negativas que provocam; João I e Filipa de Lencastre, como retorno à normalidade, pelo bom desempenho, regrado e positivo. Em todos eles, é o primeiro elemento enunciado que domina as referências.



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Publicado

2020-01-01

Como Citar

Olaia, I. (2020). O rei que esmorece e a rainha sanhuda: a crise dinástica de 1383-1385 através das emoções nas crónicas de Fernão Lopes . Medievalista, (27). https://doi.org/10.4000/medievalista.2804

Edição

Secção

Artigos