Similibus simile cognoscitur. O pensamento analógico medieval

Autores

  • Hilário Franco Júnior Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, hilario.franco-jr@wanadoo.fr

DOI:

https://doi.org/10.4000/medievalista.344

Palavras-chave:

analogia; pensamento reticulado; saber; agir; sentir

Resumo

Embora insuficientemente considerado pela historiografia, o pensamento analógico foi o instrumento intelectual predominante em todas as categorias sócioculturais na Europa medieval. Ele é que determinou muitas das formas de relação entre os humanos e destes com a natureza. Levar em conta esta modalidade de raciocínio fundada em homologias, simetrias, contiguidades, correspondências e oposições permite compreender diversas facetas dos conhecimentos, comportamentos e sentimentos do homem medieval. Isto é exemplificado no presente artigo pela frequente utilização que a Idade Média fazia de analogias na matemática, cartografia, medicina, teologia, exegese bíblica, liturgia, etimologia e literatura, dentre outros campos da atividade humana.

 

Referências bibliográficas

As obras citadas somente uma vez no presente trabalho estão referenciadas de forma completa nas notas correspondentes. As demais, que nas notas aparecem abreviadamente, estão listadas a seguir.

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Publicado

2013-07-01

Como Citar

Júnior, H. F. (2013). Similibus simile cognoscitur. O pensamento analógico medieval. Medievalista, 1(14). https://doi.org/10.4000/medievalista.344

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