TY - JOUR AU - Brito, Edileide PY - 2012/07/01 Y2 - 2024/03/28 TI - O Desvelamento do Mito Arturiano JF - Medievalista JA - med VL - 1 IS - 12 SE - Artigos DO - 10.4000/medievalista.648 UR - https://medievalista.iem.fcsh.unl.pt/index.php/medievalista/article/view/278 SP - AB - <p>Atentar uma identidade para o Rei Arthur é algo irrelevante e que nos remete adentrar em um universo complexo. A rigor, a literatura usa materiais mitológicos como fonte direta de eventos e personagens históricos, na qual a história é deformada pela imaginação popular, onde traça sobre o mito um perfil, como concretização de uma utopia, o fato da obra literária ser uma utopia concreta mantém viva a esperança e o ideal. A literatura nos afeta através da capacidade de construir pessoas, um mundo cresce diante de seus limites da razão e descrição empírica. Contudo, o mito é dinâmico, se transforma com o tempo ao acompanhar o espírito de uma época, e os elementos que fazem dele uma fonte de auto-conhecimento configura-se em metáfora, retratando a essência do homem. Assim, o mítico Rei Arthur tornou-se atemporal e transcendeu a história. Conseqüentemente, a literatura faz com que o Rei Arthur não seja um rei legado ao passado, mas sim do presente, pois à medida que se resgata o passado de uma obra literária para compreendê-la no presente, inconscientemente ressuscita-se.</p><p>&nbsp;</p><p><strong>Referências bibliográficas</strong></p><p>BARTHES, Roland. Crítica e verdade. Trad. Leyla Perrone-Moisés, 3 ed. Perspectiva: São Paulo, 2003.</p><p>_______________.Mitologias. Trad. Rita Buongermino; Pedro de Souza; Rejane Janowitzer. 2 ed. DIFEL: Rio de Janeiro, 2006.</p><p>BAYARD, Jean Pierre. Histórias das lendas. Tradução de Jeanne Marillier. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1957.</p><p>BENJAMIN, Walter. Experiências e pobreza. In: ____. Obras escolhidas I: magia e técnica , arte e política; ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução de S. P. Rouanet. Brasiliense: São Paulo, 1985, p. 114-119.</p><p>_____________. Origem do drama barroco alemão. Trad., apres. e not. de Sérgio Paulo Rouanet. Brasiliense: São Paulo, 1984.</p><p>COSTA, Lígia Militz da. A poética de Aristóteles: Mímese e Verossimilhança. Série Princípios, Ática: São Paulo, 1992.</p><p>CAMPBELL, Joseph. Mitos, Sonhos e Religião – nas artes, na filosofia e na vida contemporânea. Tradução de Ângela Lobo de Andrade; Bali Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001.</p><p>CARROLL, David F. Arturius: a quest for Camelot. Ivory Printers, 1996.</p><p>CASSIRRER, Ernst. Linguagem e mito. Trad. J. Guinsburg, Miriam Schnaiderman. Perspectiva: São Paulo, 2006.</p><p>DURANT, Gilbert. A imaginação simbólica. Trad. Eliane Fittipaldi Pereira. Cultrix: São Paulo, 1998.</p><p>EAGLETON, Terry. “O que é literatura”. In: Teoria da Literatura. Martins Fontes: São Paulo, 1983.</p><p>ELIADE, Mircea. Mito e realidade. Trad. Pola Civelli. 6 ed. Perspectiva: São Paulo, 2006.</p><p>____________. Imangens e símbolos: ensaios sobre o simbolismo mágico-religioso. Trad. Sonia Cristina Tamer. Martins Fontes: São Paulo, 1991.</p><p>ELLIOT. Thomas Stearn. Ensaios. Trad., introd. e not. de Ivan Junqueira. Art Editora: São Paulo, 1989.</p><p>KOTHE, Flávio R. A Alegoria. Série Princípios.Ática: São Paulo, 1986</p><p>FRYE, Northrop. Anatomia da Crítica. Tradução Péricles Eugênio Ramos. São Paulo: Cultrix, 1973.</p><p>GODEL, Robert. Le sources manuscrites du ‘cours de linguistique générale de Ferdinand de Saussure. Genebra/ Paris, Droz/ Minard, 1957). (p. 123).</p><p>HAUSER, Arnold. História social da literatura e da arte. São Paulo: Mestre Jou, 1982.</p><p>JUNG, Carl Gustave; KERÉNYI, Karl. Essays of Science of Mythology: The Myth of Divine Child and the Mysteries of Eleusis. Tradução: R.F.C. Hull. Princeton University Press, 1949</p><p>KOTHE, Flávio R. A alegoria. Série Princípios. Ática: São Paulo, 1986.</p><p>LÉVI-STRAUSS, Claude. Mythologiques. 4.vols. Paris, Plon, 1964.</p><p>LOPES, Edward. A identidade e a diferença: raízes históricas das teorias estruturais da narrativa. Editora da Universidade de São Paulo: São Paulo, 1997.</p><p>MALORY, Thomas Sir. Le morte D’Arthur. Oxford University Press, 1998.</p><p>MELETÍNSKY, Eleazar Mosséievitch. Os Arquétipos Literários. Tradução de Aurora Bernardini; Homero Freitas; Arlete Cavalieri. São Paulo: Ateliê Editorial, 1998.</p><p>RICOEUR, Paul. História e verdade. Rio de Janeiro. Ed. Forense, 1968.</p><p>ROUANET, Sérgio Paulo. Os choques da civilização. Mais!, suplemento: Folha de S. Paulo, 3/out/2004, p. 11-13.</p><p>SQUIRE, Charles. The mythology of ancient Britain and Ireland. London, 1909.</p><p>____________. Mitos e lendas celtas. Trad. Gilson B. Soares. 3 ed. Editora Nova Era: Rio de Janeiro, 2005.</p><p>STAROBINSKI, Jean. Le mots sous le mot: les anagrammes de F. de Saussure. Paris, Gallimard, 1971.</p><p>TODOROV, Tzvetan. Théorie de la littérature: textes des formalistes russes. Paris, Seuil, 1965</p><p>VICKERY, John B. Literature and Myth. In: Interrelation of literature. New York:MLA,1982, p. 67-89.</p><p>&nbsp;</p><p>Textos online:</p><p>http:/ www.legendofkingarthur.com</p><p>http://www.mystical-www.co.uk/arthuriana2z/h.htm</p><p>The Camelot Project, The University of Rochester, 1995, 1996, 1997. Britannia Magazine LLC</p> ER -